Os produtores rurais brasileiros são destaque em uma série de iniciativas voltadas à energia sustentável por meio da produção de cana-de-açúcar
Vivemos uma série de desafios neste início de século XXI. Entre eles, podemos citar o aquecimento global, a poluição e a crescente demanda por energia para atender a população mundial.
Apesar de serem problemas complexos, não dá para ignorar o impacto da poluição gerada pelos combustíveis fósseis nesta situação. A previsão é que a frota de automóveis dobre nas próximas duas décadas, exigindo soluções em biocombustíveis para desacelerar a emissão de gases poluentes no meio ambiente.
Por isso, as produções sustentáveis para biocombustíveis, como o etanol, são tão importantes nesse cenário. Neste artigo, vamos apresentar algumas soluções que os produtores agrícolas têm encontrado para promover a sustentabilidade.
Continue a leitura e saiba mais!
Como o etanol pode impulsionar o mercado de biocombustíveis?
Os biocombustíveis são alternativas que contribuem para o cuidado com o meio ambiente. O etanol, por exemplo, atua na redução de gases que causam o efeito estufa em até 90%, comparativamente à gasolina.
Diferente de outras commodities, os biocombustíveis precisam do incentivo de políticas públicas para o seu desenvolvimento. Nos últimos 15 anos, a União da Indústria da Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), com apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), concentrou suas ações internacionais no desenvolvimento de um mercado global de etanol. Essas iniciativas agem para o desenvolvimento rural de vários países e o aumento da segurança energética.
Tendo em vista a importância do setor para um mundo mais sustentável, vale a pena saber mais sobre as iniciativas dos produtores agrícolas para a produção de etanol. Conheça algumas delas!
Produção de etanol no Brasil
Em Nova Olímpia (MT), localiza-se uma das maiores empresas de álcool e açúcar do país. Além disso, ela já utiliza grande parte do subproduto para fornecer energia elétrica, uma vez que o bagaço da cana-de-açúcar pode ser considerado biomassa. Desse modo, em torno de 1,5 milhões de toneladas por ano podem se tornar fontes secundárias de energia, sendo uma opção mais sustentável para as produtoras do Mato Grosso.
De acordo com Jari de Souza, diretor de uma das empresas da região, a queima do bagaço na usina produz energia suficiente para uma cidade de 100 mil habitantes. O vapor que se libera da queima não é fumaça, mas um sistema de jatos de água que retém os poluentes. Ademais, as cinzas que restam são aproveitadas nas lavouras de cana.
Outro exemplo de iniciativa é da Tereos, uma das empresas líderes no segmento no Brasil, sendo responsável pela instalação da primeira planta de biogás em Olímpia (SP). Ela gera energia por meio da vinhaça, um composto que surge a partir do processo de transformação do insumo em álcool. Trata-se de mais uma medida de economia circular, na busca por tecnologias que incrementem a produção de energia limpa e renovável.
Cooperação internacional para a agricultura de baixo carbono
Nos últimos 20 anos, as medidas sustentáveis na lavoura de cana-de-açúcar removeram 196 milhões de toneladas da atmosfera. Para isso, a cooperação entre diversos países foi fundamental. Hoje, o Brasil é o segundo maior produtor de etanol do mundo, estando atrás apenas dos Estados Unidos.
Sendo assim, a cooperação do Brasil com outros países é fundamental no cenário do enfrentamento ao aquecimento global. Em 2011, eliminamos a tarifa de importação do etanol em relação aos Estados Unidos, facilitando o acesso a esse mercado.
Quanto às relações com a Europa, o Brasil também contribuiu com a discussão do Acordo União Europeia-Mercosul, obtendo uma cota anual de quase 900 milhões de litros de Etanol, com tarifa quase zero.
Outra ação da Unica para promover a agenda do etanol no exterior foi o Ethanol Talks, com foco em regiões da Ásia e América Latina. Uma das conquistas foi a evolução de um programa na Índia, contribuindo para uma mistura de etanol e gasolina que já chega a 10% e deve aumentar para 20% até 2025.
Tais avanços acontecem porque fica cada vez mais clara a importância do enfrentamento ao aquecimento global para garantir a sustentabilidade na agricultura. Com a instabilidade nas mudanças climáticas (como fortes geadas, chuva forte fora de época e aumento nas temperaturas), corre-se cada vez mais riscos.
Portanto, reforça-se a importância dessas ações para um mundo melhor, por meio do cuidado ao meio ambiente e da estabilização da economia.
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