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Saiba como o estresse térmico pode afetar a produção da vaca leiteira

Fatores que geram estresse nos animais estão entre os grandes responsáveis pela queda de produtividade, mas muitos deles são imperceptíveis e nem sempre são fáceis de sanar. Confira no artigo como o estresse térmico pode impactar a produção das vacas leiteiras e o que é possível fazer para diminuir a sua ocorrência.

O Brasil é o terceiro maior produtor de leite do mundo, dado que evidencia a importância do produto para a agropecuária nacional e para a economia do país. A produção é liderada pelos estados do Sul, além de Minas Gerais e Goiás. Juntas, as regiões Sul e Sudeste respondem por 66,6% do volume total. Em 2023, o setor registrou um crescimento de 2,4% em relação a 2022, alcançando a marca de 35,4 bilhões de litros produzidos.

Desafios enfrentados pelos produtores

Mesmo com o crescimento do setor, os produtores enfrentam desafios diários para manter a produção em níveis satisfatórios, como o controle de doenças, a oferta adequada de ração, o manejo nutricional e o estresse térmico, que se torna cada vez mais frequente com as temperaturas acima da média.

Embora muitas vezes sutis e nem sempre fáceis de perceber, os efeitos do estresse térmico podem impactar a produtividade e o bem-estar das vacas leiteiras. Esse problema, que tende a se intensificar com as mudanças climáticas, causa perdas significativas na produção e na qualidade do leite, além de reduzir o consumo de alimentos por parte das novilhas, prejudicando o desenvolvimento adequado do animal.

É importante ressaltar que as vacas de produção são mais vulneráveis ao estresse térmico. Isso porque o próprio processo de produção de leite gera calor metabólico, tornando esses animais mais sensíveis às altas temperaturas e à umidade.

Como o estresse térmico afeta a vaca leiteira?

Quando uma vaca é exposta a condições de calor excessivo, seu corpo ativa uma série de mecanismos para tentar dissipar o calor e manter a temperatura corporal estável. Isso inclui:

  • Aumento da frequência respiratória (ofegação): um esforço para liberar calor através da respiração.
  • Redirecionamento do fluxo sanguíneo: o sangue é direcionado para a superfície da pele, desviando-se de órgãos internos importantes, como o sistema digestório.
  • Sudorese: embora menos eficiente em bovinos do que em humanos, também contribui para a perda de calor.

Esses mecanismos, fundamentais para a sobrevivência do animal, exigem um alto gasto energético. A energia que seria direcionada para a produção de leite ou outras funções produtivas é desviada para a termorregulação. Além disso, o estresse térmico causa alterações hormonais e metabólicas, podendo levar a danos oxidativos no organismo do animal.

A redução no consumo de matéria seca é outro fator crítico, uma vez que a vaca ingere menos alimento, resultando em menor disponibilidade de nutrientes para a produção de leite. A matéria seca corresponde à parte do alimento que permanece após a remoção de toda a água. É nessa fração seca que se concentram os principais nutrientes, como proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas e minerais.

Estratégias para diminuir os impactos do estresse térmico

Felizmente, existem diversas abordagens para combater os efeitos negativos do estresse térmico, que podem ser divididas em ambientais, nutricionais e de manejo, que hoje contam também com o auxílio da tecnologia:

Medidas ambientais e de manejo:

  • Sombreamento: proporcionar sombra adequada (natural ou artificial) reduz a carga de calor radiante direta do sol.
  • Ventilação: o uso de ventiladores e uma boa circulação de ar aumentam a perda de calor por convecção.
  • Resfriamento evaporativo (Sprinklers): a combinação de aspersores (sprinklers) com ventiladores é muito eficaz para resfriar a superfície do corpo do animal por meio da evaporação da água.
  • Água fresca e abundante: garantir acesso a água potável fresca para a hidratação e termorregulação.
  • Horários de alimentação: alimentar as vacas nos horários mais frescos do dia (manhã cedo e noite) estimula o consumo de matéria seca.
  • Densidade animal: evitar a superlotação nos piquetes e instalações permite melhor circulação de ar e acesso às áreas de conforto.

Estratégias nutricionais:

A nutrição desempenha um papel fundamental na capacidade da vaca de lidar com o estresse térmico. Algumas estratégias incluem:

  • Aumento da densidade energética da dieta: compensar a menor ingestão de matéria seca com uma dieta mais concentrada em energia.
  • Aditivos alimentares: estudos apontam que a suplementação tem demonstrado resultados promissores no combate ao estresse oxidativo e na melhoria da função imunológica. Uma suplementação adequada também pode auxiliar na regulação da temperatura corporal, na saúde ruminal e na melhora da circulação sanguínea.

Tecnologias que ajudam a reduzir os riscos de queda na produtividade

Além dos estudos que analisam os impactos do estresse térmico na produtividade e propõem soluções para os problemas mais comuns, pesquisadores vêm desenvolvendo formas de prever os efeitos do ambiente, tanto os fatores climáticos quanto os estruturais, para que os produtores possam adotar práticas de manejo mais eficientes.

Um dos grandes avanços nesse campo é o uso de modelos que utilizam dados climáticos e fisiológicos para calcular o índice de carga térmica do animal. Essa ferramenta preditiva permite antecipar a carga térmica à qual os animais serão expostos em determinada região, auxiliando os produtores na identificação do risco de estresse térmico no rebanho e na adoção de decisões de manejo mais assertivas.

Seguro Paramétrico da Sombrero para estresse térmico

Esses estudos são fundamentais também para a calibração do Seguro Paramétrico da Sombrero, que trará ainda mais precisão e segurança para o produtor, ao permitir que, em caso de queda de produtividade, ele esteja protegido e amparado para lidar com as perdas e os impactos financeiros.

Saiba como funciona o Seguro Paramétrico para estresse térmico:

  • Monitoramento em tempo real: através de um aplicativo web, a Sombrero oferece a possibilidade de monitoramento contínuo do estresse térmico em gado leiteiro. O produto permite avaliar as perdas de produtividade causadas pelo estresse térmico, levando em consideração as características genotípicas de cada animal. Dessa forma, é possível garantir a proteção financeira do produtor em caso de perdas de produção, oferecendo segurança e tranquilidade diante das variações climáticas.
  • Previsões precisas: oferecemos previsões meteorológicas detalhadas para até 7 dias, ajudando a planejar e mitigar os impactos do estresse térmico.
  • Índices de estresse térmico: utilizamos índices para fornecer uma interpretação clara da capacidade de resfriamento do ambiente.
  • Dados meteorológicos: acesso a dados de 1.372 estações meteorológicas de superfície, com histórico de 15 anos.
  • Relatórios detalhados: geração de relatórios em CSV para análise dos dados.

Conheça o Seguro Paramétrico da Sombrero contra estresse térmico e tenha um produto que leva segurança e tranquilidade por meio de tecnologia de ponta aos produtores de todo o país.

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