Brasil é líder mundial na tecnologia dos bioinsumos que protegem e valorizam safra
Além de sustentável, tecnologia de bioinsumos visa a diminuição de custos, pragas e doenças e o aumento da produtividade
A tecnologia de bioinsumos vem crescendo a passos largos no Brasil, que atualmente já é considerado líder mundial na utilização de biológicos. O movimento do mercado agro é reflexo da busca por alternativas sustentáveis sem abrir mão do aumento da escala de produção e nem da diminuição de custos. Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a economia pode chegar a US$13 bilhões por ano.
A agricultura brasileira – que vem de uma constante de crescimento e inovação nas últimas cinco décadas – tem se reinventado no manejo das safras. Estudos indicam um acréscimo nas lavouras de soja e milho: em torno de 400 kg/ha a 775 kg/ha, respectivamente. Tal cenário se deve ao avanço do conhecimento das instituições do setor que, equilibrando a teoria com a aplicação no campo, acelera a implementação de boas práticas.
Do mesmo modo, o agronegócio (considerado um esteio da nossa economia) vem fazendo uso de bioinsumos como importantes aliados no controle de pragas. De acordo com dados da CropLife Brasil, associação que atua na pesquisa e desenvolvimento de técnicas em prol da produção agrícola sustentável, ao unir biológicos com inseticidas a eficácia sobe de 50% para 90%.
Nesse sentido, mais do que ótimo retorno ao produtor, os insumos biológicos garantem ao consumidor final a oferta de alimentos mais saudáveis. A cadeia se beneficia amplamente com a utilização de recursos provenientes do solo brasileiro, no qual encontra-se uma das maiores diversidades biológicas do planeta segundo a Embrapa, diminuindo a dependência de matérias-primas importadas.
Características da tecnologia de bioinsumos
Feitos a partir de microrganismos, extratos vegetais e agentes biológicos, os bioinsumos podem ser utilizados em diversas etapas da produção de alimentos no agronegócio, desde o crescimento das plantas ao aumento da produtividade e controle de pragas e doenças.
Um bom exemplo é o uso de biofertilizantes em pastagens e lavouras. Em síntese, eles são obtidos quando um passivo ambiental (dejetos de animais) passa por um biodigestor, resultando em dois produtos nobres: o biogás e o biofertilizante, isto é, ativo energético.
Outra forma de utilização diz respeito à cera de carnaúba em uma nanoemulsão, que cria uma barreira contra perda de umidade, troca de gases e ação microbiana sobre frutas e legumes. O resultado é o aumento de cerca de 15 dias no tempo de prateleira dos produtos, evitando perdas e desperdício de alimentos.
Mercado de bioinsumos no Brasil
À medida que a produção sustentável se expande na agropecuária brasileira, representando uma grande oportunidade de negócios, o mercado de bioinsumos no Brasil cresce vertiginosamente: o aumento foi de 37%, atingindo R$1,7 bilhão na safra 20/21, segundo levantamento da consultoria Spark Inteligência Estratégica.
Com o objetivo de incentivar a tecnologia de bioinsumos nas propriedades, fomentando a estruturação de novas empresas e o desenvolvimento de normativas, o MAPA lançou em maio de 2020 o Programa Nacional de Bioinsumos.
Consulte-nos sobre como ampliar a gama de proteção de cada etapa da cadeia produtiva!