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Sombrero mais que dobra contratos no Brasil e já pensa em “exportar” seguro paramétrico

Seguradora, criada por profissionais do agro e do mercado financeiro há três anos, contabilizou R$ 372 milhoês em prêmios no ano passado e aposta na expansão do sistema paramétrico, especialmente para clientes que têm dificuldade de acesso ao seguro tradicional.

O dilema do seguro rural é um daqueles gargalos antigos do agro brasileiro. De um lado, as intempéries climáticas e perdas na produção são cada vez mais frequentes. De outro, vai ficando mais difícil para seguradoras correr um risco tão grande, por isso a oferta fica limitada e por vezes mais cara.

Nos últimos anos, uma nova modalidade começou a chamar a atenção de alguns agentes de mercado: o seguro paramétrico. Neste modelo, a principal vantagem é o fato de não precisar verificar in loco se houve ou não perdas nas lavouras.

Além do custo de fazer as perícias, muitas vezes criava-se um impasse para tentar provar que a perda não havia sido por problema climático, mas talvez por alguma falha de manejo, por exemplo.

“O seguro paramétrico está focado em um parâmetro que é apurado de forma independente, sem nenhuma influência das seguradoras e sem nenhuma influência do segurado. Ele se dedica a isolar um fator importante para a produção, que pode ser temperatura, índice pluviométrico, radiação solar, depende do modelo”, explicou Leonardo paixão, CEO da Sombrero Seguros, em entrevista ao AGFeed.

O executivo fala com entusiasmo da modalidade por entender que a Sombrero foi pioneira no seguro paramétrico adequado ás condições da agropecuária brasileira.

A empresa foi criada em 2021 por profissionais da indústria de resseguros, mas também com sócios ligados ao agro, mercado financeiro e mercado de capitais. A primeira apólice foi emitida em janeiro de 2022, mas o piloto com o paramétrico começou no ano seguinte.

“O seguro agrícola depende bastante de resseguro pela característica catastrófica. Esse grupo se reuniu para criar uma seguradora em que o diferencial dela é ser voltada para o interior do Brasil, de modo especial para o agronegócio”, contou ele.

A estratégia vem dando certo. Dos R$ 372 milhoes em prêmios recebidos no ano passado pela Sombrero, R$ 141 milhôes foram de seguro agrícola. Há ainda outros seguros sem vínculos com a produção que são contratados por produtores e empresas do agro, por isso a estimativa é que o setor já responda por quase a metade dos negócios da seguradora.

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