Por Luiz Cláudio Caffagni
As incertezas domésticas e internacionais, somadas à complexidade da atividade de produção agropecuária, exigem dos produtores e de suas cooperativas muita organização e aprofundamento em estratégias de gestão. Eles devem realizar um rigoroso monitoramento fitossanitário para buscar a racionalização do uso de agroquímicos.
Em 2021 o Brasil importou 445 mil toneladas de agroquímicos, que representam U$ 4,1 bilhões. Nos últimos cinco anos, o valor total importado cresceu 70%, enquanto o volume importado cresceu 54%. Isso sugere uma elevação dos preços em dólar.
USO DE AGROQUÍMICOS NO BRASIL X NO MUNDO
Segundo dados, a área plantada no Brasil em 2019 foi de 64 milhões de hectares, enquanto a quantidade de defensivos utilizada foi de 377 mil toneladas. Isso representa a utilização de 5,9 kg de pesticidas por hectare, colocando o país atrás apenas da Argentina (6,1 kg/ha) e da China (13,1 kg/ha).
No entanto, dependendo do número doméstico oficial que se aplica, a utilização brasileira de defensivos por hectare aumenta ou diminui. Por exemplo: cruzando os dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de 2020 (LSPA, 2020), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 81 milhões de hectares de área plantada, e a quantidade defensivos utilizados apontada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), de 686 mil toneladas, o uso sobe para 8,4 kg/ha.
O QUE ESPERAR PARA O FUTURO?
Neste momento, o setor produtivo deve manter um rigoroso programa de monitoramento fitossanitário para buscar, cada vez mais, a perfeita racionalização do uso de agroquímicos. Além disso, deve ficar atento ao movimento sustentável relacionado aos biodefensivos.
O movimento propõe intensificar a pesquisa e o desenvolvimento de novos inimigos naturais para o combate de pragas e doenças, a princípio mais baratos e com toxicidade inexistente. Há também os títulos verdes, cada vez mais inseridos em estruturas financeiras globais, que devem favorecer processos produtivos sustentáveis por meio de um maior volume de recursos a menores taxas de juros.
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